Mangione? Não há "indicação que tenha sido cliente da United Healthcare"
- 13/12/2024
A Polícia de Nova Iorque adiantou, na quinta-feira, que não há "qualquer indicação" que Luigi Mangione, suspeito de ter morto a tiro o CEO da United Healthcare à porta de um hotel, tenha sido cliente da empresa de seguros de saúde norte-americana.
"Não temos qualquer indicação de que ele alguma vez tenha sido cliente da United Healthcare", disse Joseph Kenny, chefe dos detetives da polícia de Nova Iorque, em entrevista à NBC New York.
No entanto, o suspeito, de 26 anos, mencionou no manuscrito de três páginas - que tinha na sua posse quando foi detido - que a United Healthcare "é a quinta maior empresa da América, o que faria dela a maior organização de cuidados de saúde da América".
"É possível que tenha visado a empresa por isso", considerou Kenny.
O responsável revelou ainda mais pormenores sobre a lesão que Luigi Mangione sofreu nas costas e que se acredita ter motivado o crime. "Parece que teve um acidente que o levou às urgências em julho de 2023, e que foi uma lesão que lhe mudou a vida", explicou, acrescentando que "ele publicou radiografias de parafusos a serem inseridos na sua coluna".
"Portanto, a lesão que ele sofreu foi uma lesão que lhe mudou a vida, e foi isso que o pode ter colocado neste caminho", considerou.
Sublinhe-se que Brian Thompson, CEO da seguradora norte-americana United Healthcare, foi assassinado a tiro à porta de um hotel em Manhattan, em Nova Iorque, no passado dia 4 de dezembro. O atirador colocou-se em fuga, mas foi intercetado menos de uma semana depois, na segunda-feira, num McDonald’s, no estado da Pensilvânia
Quando foi detido, Mangione, oriundo de uma importante família do setor imobiliário de Maryland, tinha na sua posse uma arma impressa a 3D que a polícia acredita ser a que foi a utilizada para matar Brian Thompson.
Mangione tinha ainda um documento manuscrito de três páginas, no qual sugeria ter "má vontade em relação" às corporações norte-americanas.
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